terça-feira, 1 de março de 2011

Livre e de Bons Costumes

Ser "livre e de bons costumes" é a condição preliminar que é pedida ao profano para poder admiti-lo em nossa Ordem, condição necessária tanto de todo progresso moral como espiritual, de toda evolução na senda da Verdadeira Luz, ou ainda, da Verdade e da Virtude.
Livre dos preconceitos e dos erros, dos vícios e das paixões que embrutecem o homem e fazem dele um escravo da fatalidade. De bons costumes por ter orientado sua vida para aquilo que é mais justo, mais elevado e perfeito. Estas duas condições tornam latente em cada homem a qualidade do maçom e a possibilidade de fazer-se ou "ser feito" como tal, enquanto em sua plenitude, o caracteriza essa mesma qualidade. Na medida de sua liberdade interior e da orientação ideal de sua vida, o homem é e "se faz" um verdadeiro maçom, um obreiro da Inteligência Construtora do Universo.
O despojo dos metais é assim, o despojo voluntário da alma, de suas qualidades inferiores, de seus vícios e paixões, dos apegos materiais que turvam a pura - luz do Espírito; o abandono das qualidades e aquisições que brilham com luz ilusória na inteligência e impedem a visão da Luz Maçônica, a Realidade que sustenta o Universo e o constrói incessantemente.
O intelectual deve igualmente despojar-se de suas crenças e preconceitos, as crenças e prejulgados científicos e filosóficos tanto quanto as superstições e preconceitos religiosos e vulgares, para que diante de seus olhos possa abrir-se o Caminho da Luz e da Verdade, aonde prepara para assentar seus pés.
Como o maçom deve aprender a pensar por si mesmo, atingindo a certeza e o conhecimento direto da Verdade, de nada lhe servem as crenças e prejulgados que constituem a moeda corrente do mundo, as aquisições materiais, como as quais nunca a Verdade pode ser paga ou comprada, e a qual o maçom deve alcançar pelo seu esforço individual.



*
*    *

Nenhum comentário:

Postar um comentário